Molécula da Semana - Epinefrina

Nome usual: Epinefrina 

Sinônimo: Adrenalina

O que é Adrenalina?

A adrenalina, também conhecida como epinefrina, é um hormônio secretado por uma molécula das glândulas supra-renais, assim chamado por estarem acima dos rins.

A adrenalina é muito importante para a manutenção da vida. Em condições normais, sua presença no sangue é muito pequena. Porém, nos momentos de excitação (medo, euforia) ou estresse emocional, uma grande quantidade de adrenalina é secretada para atuar sobre determinadas partes do corpo (nervos, músculos, pernas, braços), com o objetivo de prepará-lo para grandes esforços físicos, estimula o coração, eleva a pressão arterial, libera a glicose armazenada no fígado, relaxa certos músculos involuntários ao mesmo tempo em que contraem outros.

 

 

Imagem de um Leão correndo em busca de sua caça

 

A adrenalina é muito utilizada como um medicamento para estimular o coração nos casos de parada cardíaca, para prevenir hemorragias e para dilatar os bronquíolos dos pulmões quando ocorrem ataques de asma aguda.

 

Estrutura química:

 

 

Imagem 3D da molecular de adrenalina

  

Nome IUPAC: (R)-4-[1-hidroxi-2-(metilamino) etil] benzeno-1,2-diol

 

Fórmula: C9H13NO3

Peso molecular: 183.19 g mol-1

Ponto de Fusão: Normal 0 21 false false false MicrosoftInternetExplorer4 102 à 106 °C

Ponto de Ebulição: Não há registro

Densidade: Não há registro

Toxicidade: Não há registro de toxicidade ambiental, porém essa molécula de epinefrina aumentando a duração de efeito e diminuindo a toxicidade sistêmica dos anestésicos.

Riscos: Ocorrem riscos para pessoas com hipersensibilidade a epinefrina, arritmia cardíaca e glaucoma de ângulo fechado.

Solubilidade: Levemente solúvel em água

Inflamabilidade: Não há registro

 

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Quem descobriu e sintetizou a molécula de Adrenalina?

Em 1886, William Bates, anunciou o descobrimento da substância produzida pela glândula adrenal no New York Medical Journal, logo depois em 1895, também identificado por Napoleão Cybulski, um fisiólogo. Já em 1897, foi repetido por John Jacob Abel Jokichi Takamine, um químico japonês, que descobriu o mesmo hormônio em 1900, sem conhecimento dos anteriores.

William Bates   

Em 1904 a molécula de adrenalina foi sintetizada artificialmente por Friedrich Stolz.

      Friedrich Stolz

 

Uso e efeitos dessa molécula sobre o organismo:

O uso dessa molécula aumenta a frequência dos batimentos cardíacos e o volume de sangue por batimento cardíaco, elevam o nível de açúcar no sangue, diminuindo o fluxo sanguíneo nos vasos e no sistema intestinal enquanto aumenta o fluxo para os músculos voluntários (pernas e braços) ocorrem a "queima" de gordura contida nas células adiposas. Isto faz com que o corpo esteja preparado para uma reação, também é utilizado na asma e na falência cardíaca e para retardar a absorção de anestésicos locais.

Asma

A molécula de adrenalina também tem efeitos terapêuticos à broncodilatação, o controle da frequência cardíaca e da pressão arterial, dependendo da dose. Na anestesia local é utilizada como coadjuvante, causando vasoconstrição (processo de contração dos vasos sanguíneos,) para passar o efeito do anestésico, visto que uma área menor de vaso sanguíneo degradará menos o fármaco.

 

Ampola de adrenalina

 

Curiosidades sobre a molécula de Epinefrina:

Em um teste com adultos que tiveram uma parada cardio respiratória fora do hospital receberam duas injeções sendo uma de 40 UI de vasopressina ou 1mg de epinefrina, são fármacos cuja ação característica é o aumento da pressão arterial.

 

Aparelho para detectar atividades elétricas com ou sem pulsação

 

Neste teste foi concluído que os efeitos da vasopressina foram semelhantes aos da epinefrina no tratamento da fibrilação ventricular (contração incoordenada do miocárdio) e atividade elétrica sem pulso, mas vasopressina foi superior à epinefrina em pacientes com assistolia (ausência total de atividade elétrica). A vasopressina seguido por epinefrina pode ser mais eficaz do que a epinefrina isolada no tratamento da parada cardíaca refratária.

 

Rota de síntese:

Rota de síntese no organismo